O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncia contra 12 políticos do Partido Progressista (PP), na investigação do chamado "quadrilhão". O inquérito foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (1º), mas o acesso ao conteúdo só foi liberado nesta terça-feira. Entre os denunciados, está o ex-deputado federal de Santa Catarina, João Alberto Pizzolatti.
Deputado federal por Santa Catarina até o final de janeiro de 2015, Pizzolatti (PP) é alvo de inquéritos abertos para investigar políticos suspeitos de integrar esquemas de corrupção na Petrobras. De acordo com o Ministério Público Federal, o pepista seria uma dos principais beneficiários e intermediário direto de propinas pagas por empresas que mantinham negócios com a estatal para deputados do PP.
Em 2014, barrado pela Ficha Limpa, Pizzolatti desistiu de concorrer à reeleição. Mesmo sem mandato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que tivesse os inquéritos analisados no STF. Alegou que os fatos ligados a ele têm "conexão direta e umbilical" com os relativos aos atuais deputados do PP investigados.
A denúncia da PGR apresentada ontem inclui ainda o deputado José Otávio Germano (RS); o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), e o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira Filho (PI). Todos responderão por organização criminosa.
O inquérito foi aberto em março de 2015 para investigar a participação de 47 políticos - com e sem mandato - do PP, PT e PMDB na suposta organização que atuava na estatal. Em outubro do ano passado, a pedido do próprio Janot, o inquérito foi fatiado em investigações sobre o PP, PT, PMDB do Senado e PMDB da Câmara.
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