Enquanto os laudos periciais que ajudarão a polícia a desvendar o que ocorreu no apartamento do empresário Rogério Rosa, encontrado morto no domingo, não ficam prontos, a investigação tenta desvendar o que estava se passando na vida privada do empreendedor. Durante os próximos dias, a polícia deve tentar levantar como ele estava em seus últimos dias de vida.
Testemunhas, entre elas a jovem que estava no apartamento do empresário, já foram ouvidas. No entanto, para o delegado da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú, Osnei de Oliveira, os relatos não foram muitos esclarecedores, porque nenhuma das testemunhas presenciou o momento em que Rosa foi atingido por um tiro no peito.
A investigação agora tenta saber o que estava se passando na vida do empresário nos últimos dias. Isso poderá ajudar a polícia a saber se ele teria motivos para cometer suicídio, a principal hipótese levantada até agora.
Pessoas que trabalhavam na construtora Embraed, que pertencia ao empresário, também prestaram depoimento. Com base nisso, problemas financeiros relacionados aos negócios de Rogério Rosa foram descartados.
Conhecidos contam que o empresário realmente andava distante nos últimos dias. No entanto, Rogério Rosa sempre teve um perfil familiar e demonstrava muito carinho com os filhos. Familiares começaram e devem continuar a ser ouvidos.
Nesta semana a construtora Embraed, uma das principais do mercado de luxo em Balneário Camboriú, deve anunciar o sucessor do empresário na presidência da companhia. Serão anunciados também os planos da Embraed.
Rogério Rosa foi encontrado morto por volta das 7h30 de domingo em seu apartamento. Uma amiga que dormia no local ouviu o som de um tiro. Ao vê-lo agonizando, ela avisou o porteiro, que chamou um dos administradores do prédio.
Os bombeiros estiveram no local, mas não foi possível reanimar o empresário. A arma usada foi um revólver calibre 38 com a numeração raspada. Exames residuais foram feitos nas mãos da amiga do empresário e da vítima para verificar resquícios de pólvora. Rogério Rosa não tinha porte de armas.
O exame deve demorar cerca de 10 dias para ficar pronto, mas a perícia completa leva pelo menos 30 dias a partir da data das coletas. Só assim a polícia concluirá se tratou-se mesmo de um caso de suicídio.
A morte de Rogério causou manifestações de pesar no ramo da construção civil em Balneário Camboriú. Ele teve dois casamentos e estava separado da última mulher havia 10 anos. Rogério Rosa deixa quatro filhos, Rogério Jr., Rodrigo, Tatiana e Diego - dois de cada casamento.