A Receita Federal apreendeu na manhã desta terça-feira dois contêineres com 50 toneladas de produtos falsificados no terminal portuário em Navegantes. A carga, que veio da China, é a maior já retida nos últimos três anos. Entre as mercadorias encontradas estão camisas, aparelhos de celular, canetas, óculos, equipamentos ópticos e relógios. O valor dos produtos é estimado em mais de R$ 4 milhões.
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O inspetor-chefe da alfândega de Itajaí, Luis Gustavo Robetti, explica que os contêineres foram identificados através do sistema de análise de risco da Receita Federal. Um deles estava há 60 dias na Portonave aguardando que a declaração de importação. O outro chegou na semana passada, quando as suspeitas aumentaram.
— Ficamos monitorando essa carga para obter mais informações e quando chegou a segunda passamos no scanner, daí ficou claro que a carga declarada não era a que estava no contêiner — completa.
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Para a Receita, o importador declarou que a carga era de guarda-chuvas e estava avaliada em US$ 60 mil. As mercadorias falsificadas são de marcas conhecidas como Dudalina, Lacoste, Tommy Hilfiger, TAG Heuer, Hugo Boss, Louis Vuitton, entre outras. Em uma das caixas, por exemplo, havia de 800 a mil óculos de sol.
O inspetor-chefe da alfândega não divulgou o nome do importador da carga, mas disse que acredita que ela seria distribuída no mercado popular. A partir de agora será feita a contagem dos produtos e depois eles serão destruídos.
O proprietário da carga também terá prazo para apresentar defesa, depois será remetida uma representação fiscal para o Ministério Público. O importador pode responder por crimes de contrabando e descaminho.
Maior apreensão dos últimos três anos
A carga de 50 toneladas é a maior já apreendida nos últimos três anos. Em 2014, a Receita Federal apreendeu 19 toneladas de mercadorias falsificadas; em 2013 foram 15 toneladas e em 2012 outras 20 toneladas. A maior apreensão feita no país também ocorreu na região: ao todo foram retidos 13 contêineres com 260 toneladas de produtos contrafeitos.
Conforme Robetti, a região do Paraná e Santa Catarina também foi responsável por apreender US$ 230 milhões no último ano, incluindo todos os tipos de retenção, em terminais e aeroportos.