Após série de homicídios, tiroteios e até casos de balas perdidas nos últimos meses, a Polícia Civil de Florianópolis criou uma Central de Investigação para investigar crimes complexos na região continental. A promessa é que os trabalhos comecem ainda esta semana.
A equipe terá um delegado, quatro agentes e um escrivão e será alocada na 3ª Delegacia de Polícia, em Capoeiras. A chefia espera integração com as duas DPs da área (a 3ª e a 4ª de Coqueiros) e as delegacias especializadas da Capital como Homicídios, Combate às Drogas, Repressão a Roubos e a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, delegado Verdi Furlanetto, afirma que o principal foco de atribuição serão as investigações da região que demandam maior complexidade e o combate às organizações criminosas.
— Atualmente, a região continental e o norte da Ilha são as que demandam uma atenção especial no momento — avalia Furlanetto.
O norte da Ilha, apontado como outra área crítica na criminalidade, recebeu uma central de investigação em 2015.
A Diretoria da Grande Florianópolis informou que trará um delegado para atuar na 3ª DP em Capoeiras e que o titular da Central de Investigação do Continente será o delegado João Adolpho Fleury Castilho, que estava em Joinville e comandou investigações pela Deic na área continental.
A região mais crítica do continente é o bairro Monte Cristo, nas margens da Via Expressa, nas comunidades Chico Mendes e Novo Horizonte. Em fevereiro, o DC mostrou que o local é conhecido como "faixa de gaza" por policiais em razão das seguidas trocas de tiros.
O bairro foi palco de dezenas de mortes nos últimos anos, a maioria por conflitos entre facções que disputam o território para o tráfico de drogas. Outra área com constante violência é o Morro da Caixa, na Avenida Ivo Silveira.
Florianópolis já teve este ano 76 mortes violentas, um recorde negativo. A polícia afirma que a maioria das mortes está ligada à guerra entre facções.
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